[Missão/Teste para Chloe] Geada

por **Poseidon** 17/12/13, 04:25 pm

A vida de um semideus se torna muito mais perigosa quando ele toma ciência de sua origem divina. É quando os monstros se tornam ainda mais ousados e atentam contra a vida dos semideuses, tentando eliminá-lo antes que este se torna um problema maior. E Chloe logo perceberia que, mesmo acostumada com mudanças, viveria uma completa reviravolta em sua vida.

Dois dias após a relevação de sua origem divina, uma grande nevasca se instalou sobre a cidade, bloqueando parcialmente as estradas. Mesmo assim, não era um evento terrível o suficiente para impedir o funcionamento de escolas e estabelecimentos públicos. Catherine havia ficado notavelmente mais inquieta após sua conversa familiar com Chloe, e decidiu que lhe daria uma carona, apressando a filha para não se atrasarem.

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Regras:
- Você não controla bem seus poderes, nem os descobriu direito ainda. Só poderá usar os poderes Nível 1 quando estiver alterado. Correndo risco de vida, com medo, com raiva e esse tipo de situação extrema.
- Seu objetivo é chegar vivo ao Acampamento Meio Sangue.
- Pode usar suas Vantagens e Desvantagens

Boa sorte

por **Chlöe V. Prophath** 17/12/13, 05:05 pm

Depois da conversa reveladora que eu tive com minha mãe, nada mais estava tranquilo. As coisas estranhas que eu tinha vivenciado antes, estavam fazendo sentido quando eu procurava e aprendia sobre mitologia. Olha, não vou mentir... Saber que eu era uma filha de um deus não foi muito legal... Eu mal sabia sobre mitologia grega e nem sequer tinha em mente o quanto de raiva eu acumulei esses anos devido a minha "falta de pai". Agora eu sabia o porque, e quer saber? A raiva só aumentou.

Eu pensei que poderia ficar um tempo em casa para aprender mais coisas... Ora, era o mínimo que ela poderia fazer para mim, mas minha mãe estava um pouco nervosa de mais para meu gosto. Depois da conversa, ela meio que "explodiu", o sorriso calmo que ela tinha dado no começo da frase que iria me revelar tudo, não existia mais. Ela só me ignorava e gritava comigo. Eu sabia que iriamos voltar a estaca zero.
- Vamos Eiv, vamos. - Ela me apressou para eu entrar no carro. - Não quero que se atrase. Vamos.
Era o meu primeiro dia de aula desde que eu soube que era uma... Como que se chamava mesmo? Semideusa. E ela nunca quis realmente que eu fosse cedo para escola.
Entrei no carro e bati a porta em protesto, ela não pareceu ligar e apenas botou o motor pra funcionar enquanto eu olhava pela janela e via minha casa, quase toda coberta de gelo, desaparecer entre as ruas.
- Mãe... O que houve com você? Pensei que as brigas iriam parar, já que já nos entendemos. - Eu nem sequer olhei para ela. Ultimamente, aqueles olhos azuis-branqueados estavam me dando um certo... Medo.
- Não sei do que está falando, Chlöe. - Ok, agora temos um problema. Havia anos que ela não me chamava de "Chlöe", eu podia sentir que algo estava errado.
Pude sentir o sangue ferver nas minhas veias, o calor subindo pelo meu corpo e meu rosto ficando vermelho. Decidi encara-la, mas ela apenas olhava o horizonte.
- NÃO! Você sabe do que eu estou falando, Catherina. Não se faça de sonsa. Algo mudou, e eu quero saber oque é. - Ela deu um sorriso malicioso e continuou dirigindo. Ah... Isso não era uma coisa muito sensata de fazer. - Para o carro. Eu vou apé a partir daqui.

por **Poseidon** 17/12/13, 06:09 pm

Catherina apenas suspirou e passou a marcha, encarando o horizonte, bastante interessada em desviar da neve que tornava a estrada um pouco escorregadia. Após alguns segundos do silencio raivoso provocado pela pergunta de Chloe, a mulher diminuiu a velocidade e desviou para um apostamento, virando seu tronco contra a janela para ativar as travas das portas antes que a garota terminasse fazendo alguma besteira:

- QUIETA! Você não entende, quanto mais eu falar, pior vai ficar. - Ela encarou os olhos azuis de Chloe e continuou - Minha paranoia não adianta de muita coisa agora. Tenho que te apresentar um, ér, amigo...

por **Chlöe V. Prophath** 17/12/13, 06:29 pm

Antes que eu pudesse pensar em outras estrategias, minha mãe trancou as portas do carro. Revirei os olhos e a olhei.
- QUIETA! Você não entende, quanto mais eu falar, pior vai ficar. - Ela me encarou e continou. - Minha paranoia não adianta de muita coisa agora. Tenho que te apresentar um, ér, amigo...
- Oque? É isso? Você tá saindo com algum cara? - Minha cara de repulsa devia ser realmente muito notável, pois ela franziu a testa. - Era só oque me faltava... - Terminei a frase quase em um sussurro.

por **Poseidon** 17/12/13, 08:05 pm

Catherina deu uma pequena risada com o comentário da garoto, mas logo inspirou mais fundo e voltou a ficar com a mesma expressão que tinha momentos antes, continuando:

- Não. Eu realmente não queria dizer isso, mas ele é a sua salvação. - Ela engatou a marcha sem dar maiores explicações e voltou a dirigir pela estrada, de uma maneira um pouco mais agressiva do que antes. Recusou-se a responder quaisquer perguntas de Chloe até chegarem numa espécie de depósito. Catherina apontou para a entrada e convidou, dizendo - Venha - e abriu a porta.

Do lado de fora, o frio estava muito mais intenso. Pequenos flocos de neve caíam devido as nuvens criadas pela frente fria. Catherina desbravada o chão cheio de neve, caminhando com as mãos no bolso do casaco de pele, à passadas firmes. Ia um pouco a frente de Chloe, sem coragem de olhar para trás, pois sabia que a filha a seguiria, embora uma parte dela torcesse para que não. O rosto de um velho barbudo apareceu na janela do depósito, e segundos depois o homem voltou a aparecer na porta, gritando:

- É o que eu estou pensando, Catherina? - A mulher assentiu, deixando um rasto de fumaça ao suspirar. O velho tinha cerca de uma metro e meio, com pernas cobertas por pelos negros e cascos ao invés de pés. Era uma visão quase inacreditável. Catherina finalmente olhou para trás, trocando um olhar com a filha.

- Esse é o senhor Howard, filha. Vamos entrar, rápido. Faça perguntas lá dentro.

por **Chlöe V. Prophath** 17/12/13, 08:41 pm

Minha mãe deu uma risada leve e espontânea. Por um segundo, eu a olhei de volta e torci para que ela virasse e falasse algo como "haha, você caiu na pegadinha". Mas não... O sorriso que sobrou em seu rosto foi tomado por um olhar severo diante de mim.
- Não. Eu realmente não queria dizer isso, mas ele é a sua salvação. - Ela engatou a marcha e seguiu adiante. Eu não percebi que caminho estávamos tomando porque eu não conseguia parar de olha-la.
No final, paramos em um tipo de depósito velho e abandonado. Minha mãe me convidou para entrar e logo depois saiu do carro, colocando as mãos no bolso e entrando no deposito. "Mas oque ela acha que isso é? Uma brincadeira? Uma festa talvez?" Pensei comigo mesma, mas eu sabia que não era hora para festas e muito menos o tempo, que estava mais frio do que o costume. Olhei para frente pela ultima vez e suspirei fundo, tomando coragem para sair do carro.

Eu apenas a segui, olhando fixamente para as costas dela. Minhas mãos nos bolsos estavam começando a ficar suadas, minha respiração estava mais rápida... Eu não sabia oque encontrar ali. E então foi quando vi a figura da... Coisa.
- É o que eu estou pensando, Catherina? - Eu olhei assustada para minha mãe. De algum modo, aquele... Bicho com pernas de burro estava se referindo á mim. Olhei novamente para minha mãe e pude ver ela assentir. De alguma maneira, ela sabia oque estava acontecendo ali.
- Esse é o senhor Howard, filha. Vamos entrar, rápido. Faça perguntas lá dentro.

por **Poseidon** 17/12/13, 09:32 pm

O galpão era bastante espaçoso, com pacotes de papelão empilhados quase até o topo. O sátiro encarou Chloe por um momento, e em seguida convidou:

- Vamos, sentem-se, temos muito o que conversar. - Ele se dirigiu à uma espécie de mini sala de estar e sentou-se em uma poltrona perto da lareira, apontando para um sofá de pano ao lado. - O que ela já sabe? -Catherina então explicou os acontecimentos dos últimos dias de forma bastante resumida, para não dar margem a interrupções, e perguntou se era hora de Chloe ir para o acampamento Meio-Sangue. Howard deu uma pigarreada e levantou-se, dizendo:

- Creio que sim. Filhos de Zeus são perigosos e atraem bastante perigo... - Ele se aproximou de Chloe, perguntando - Garota, você está pronta para fazer uma viajem?

por **Chlöe V. Prophath** 17/12/13, 09:49 pm

Eu não tinha oque dizer naquele momento, então apenas obedeci minha mãe e entrei o que parecia ser um galpão comum. Caixas empilhadas, papeladas soltas, máquinas velhas e abandonadas... Mas uma coisa me chamou atenção. O homem-burro tinha se sentado em uma poltrona perto de uma lareira, e agora estávamos em uma mini sala de estar. Olhei tudo em volta e sem perceber comecei a tamborilar os dedos no meu bolso.
Eu não consegui prestar atenção em quase nada, eu apenas fiquei ali, parada, olhando para o tal Howard. "Vamos lá, você viu isso em algum lugar, Chlöe... Meio humano, meio burr... Bode!"
- Garota, você está pronta para fazer uma viajem? - O homem estava agora o perto suficiente de mim, mas mesmo assim, eu deixei escapar minha conclusão.
- Sátiro! - Disse eu, um pouco alto demais. - Você... Você é um sátiro.
Ele franziu a testa e olhou para minha mãe.
- Certamente que sou. Eu sou um protetor adequ... - Ele parou por alguns segundos e me estudou, mas logo balançou a cabeça e continuou. - Mas isso não vem ao caso, semideusa! Você vem comigo?
Eu fiquei o encarando e pude perceber que ele começou a se incomodar, desviei o olhar e andei em direção á lareira.
- Acampamento? - Mordi o lábio e me virei novamente para eles, olhando nos olhos de cada um. - Oque exatamente é esse acampamento? E por que eu não estaria "segura" aqui? Com minha mãe.
Eu fiz a ultima pergunta com o olhar em Howard. Eu já estava cansada de ser mandada e não poder perguntar.

por **Poseidon** 18/12/13, 05:38 am

Howard voltou a sentar na sua poltrona e recostou a cabeça para trás, explicando:

- Você é uma semideusa, e pior que isso, isso filha de Zeus. Com certeza você já viu alguma criatura mais monstruosa que eu por aí... e seu sangue meio divino é uma delícia para eles. Agora que tem ciente de ser uma semideusa, eles se tornarão muito mais perigosos e atacarão... o acampamento é um refúgio. Vários semideuses juntos, se defendendo mutuamente - Ele deu uma pausa, e continuou - Fica em Long Island. Conhece? Podemos ir em uma viajar em uma das minhas vãs de encomenda. Hoje mesmo.

- E você poderá me visitar. Vou viajar para lá, para ver você, embora não possa entrar no tal acampamento - Emendou Catherina.

- Pense logo garoto, meus joelhos estão me matando. Isso significa que teremos problemas em breve. - Falou Howard, voltando a se por de pé. Chloe encarava o crepitar das chamas da lareira enquanto ouvia toda a explicação, buscando uma resposta para a estranha reviravolta que estava vivenciando.

por **Chlöe V. Prophath** 18/12/13, 09:32 am

Não sei se era eu, mas o ar no ambiente estava ficando um pouco quente demais. Meus olhos estavam inquietos, e ficavam procurando algum tipo de saída do local, mesmo que eu não quisesse realmente sair.
Suspirei fundo e pude ouvir as ultimas palavras do sátiro.
- Fica em Long Island. Conhece? Podemos ir em uma viajar em uma das minhas vãs de encomenda. Hoje mesmo. - Eu não conseguia encara-lo, por mais que queria, eu não conseguia. Meus olhos encontraram as chamas e ali ficaram, enquanto eu ouvia a voz da minha mãe de fundo.
- E você poderá me visitar. Vou viajar para lá, para ver você, embora não possa entrar no tal acampamento - Eu assenti em resposta para minha mãe.
- Pense logo garota, meus joelhos estão me matando. Isso significa que teremos problemas em breve. - Problema. Essa foi a palavra que me tirou do transe. Eu olhei para os dois com uma expressão angustiada. Mas não angustia com medo... Um angustia de determinação. Eu saberia que minha mãe não estava segura comigo, então eu sabia que isso era o certo.
- Tudo bem... Hãn, Howard. Do que você precisa?

por **Poseidon** 18/12/13, 10:59 am

Os três começaram a preparar a viajem assim que Chloe deu sua resposta. Sua mãe obviamente grudou no pé da garota, se despedindo e lhe dando centenas de avisos e lembretes, porém Howard parecia mais preocupado em simplesmente seguir em frente. Arrumou alguns pacotes de papelão em um dos furgões e voltou-se para Chloe, pedindo:

- Preciso fazer uma ligação, me empreste seu celular por favor... - E assim que o teve em mãos, jogou o objeto no chão e pisoteou com seus cascos - Sem esse aparelho demoníaco perto de mim. Depois de ensino como se comunicar com sua mãe, agora... - Ele pegou alguma coisa em uma das caixas. Era uma espada, como as medievais, porém feita de bronze polido. Ele entregou para Chloe, dizendo - Isso é para você. Tomara que saiba espetar... Podemos começar a viajem? Te espero no furgão.

por **Chlöe V. Prophath** 18/12/13, 11:25 am

Logo depois da minha viajem, o tal Howard bateu as mãos em um gesto de "é isso aí!" e começou a arrumar algumas caixas dentro do furgão.
Antes que eu me desse conta, minha mãe havia pego em meus braços, e não parava de repetir coisas como tipo "as coisas estão dentro do furgão." "Não esqueça de tomar os remédios!", "Mande uma mensagem assim que chegar", "Não comece uma briga no acampamento. Chlöe, isso é sério." e eu apenas a ouvia, assentindo para tudo que ela falava. Não vou mentir, eu ainda estava sobre o choque do momento, e tinha quase certeza que só iria sair dele mais tarde... Bem mais tarde.

Depois de todas as coisas estarem dentro do furgão - não me pergunte como minhas roupas foram parar lá. -, nos juntamos em frente ao carro e eu suspirei, esperando alguma ordem.
- Preciso fazer uma ligação, me empreste seu celular por favor... - Eu franzi a testa e lentamente tirei meu celular do bolso. Percebi que foi a primeira vez, desde que saí de casa, que eu havia tirado as mãos do bolso. Balancei a cabeça e fechei os olhos, tentando afastar pensamentos idiotas como esse. Foi aí que eu ouvi um "crack!". Era meu celular. - Sem esse aparelho demoníaco perto de mim. Depois de ensino como se comunicar com sua mãe, agora... - O sátiro tinha acabado de quebrar meu celular, eu abri minha boca e virei para minha mãe, imaginando que ela iria protestar comigo, mas nada ocorreu. Me virei novamente para Howard e bang! Uma espada estava a minha frente. Coloquei um antebraço no meu rosto, enquanto olhava incrédula para ele. - Isso é para você. Tomara que saiba espetar... Podemos começar a viajem? Te espero no furgão.
O sátiro tinha acabado de me dar uma espada, ele entregou para mim como se fosse um brinquedo que eu havia pedido de natal, e logo depois entrou no furgão.

Fiquei alguns segundos olhando a espada. Ela era incrivelmente leve nas minhas mãos, e era de um bronze magnífico. Eu soltei um suspiro rápido, e abaixei a espada, olhando diretamente para minha mãe.
- Ele... Ele acabou de quebrar meu celular e me deu uma espada. Uma espada, mãe. O que diabos eu vou fazer com uma espada? Eu nem sei usar isso! - Ele me olhava com um certo tipo de orgulho, e não demorou muito para que me abraçasse. - M-mãe...
- Eiv, shiu. Apenas vá.... Você vai saber usar a espada quando lhe for necessário. - Ela olhou para mim, ainda com as mãos em meus ombros e começou a analisar meu rosto... Ou melhor, a guarda-lo. - Agora vá. Não temos muito tempo.
Eu iria protestar, mas ela apenas colocou o dedo em meus lábios e me empurrou para longe.

Eu entrei no furgão, arrumei a espada entre minhas pernas e coloquei as mãos no painel... Logo eu estava tamborilando um código morse do tipo "oque diabos é isso?" . Agora, eu estava acordando, e nem sequer olhei minha mãe desaparecendo junto com o depósito.
- OK! - Gritei, assustando o sátiro. - É bom você me explicar oque está acontecendo... E explicar direito. - Lancei o olhar mais assustador que eu tinha, e pareceu fazer efeito. - Que tipo de problemas podemos enfrentar agora?

por **Poseidon** 18/12/13, 03:21 pm

O sátiro assustou-se ligeiramente e pigarreou antes de responder, olhando-a de relance pelo espelho retrovisor:

- Se eu soubesse quais os problema enfrentaríamos, garota, seria um problema a menos. - Ele respondeu, dando um suspiro. O aquecedor do furgão amenizava bastante o frio da tempestade de neve, embora não desse para chamar a viajem de confortável. A cautela que Catherina tinha ao volante era completamente ingorada pelo sátiro, que dirigia o mais rápido que conseguia, acionando a buzina a cada minuto e as vezes até perdendo o controle do veículo. - Devemos chegar no Acampamento na metade de amanha, conheço um atalho bem legal, hehe. Mais alguma coisa?

A certa altura da viajem, quando finalmente tinham chegado ao bairro vizinho, o desagradável barulho de sirene policial começou a tocar. Luzes vermelhas e azuis chamavam a atenção mesmo em uma tarde. Duas policiais desceram da viatura quando Howard encostou. O sátiro parecia tenso. Uma das mulheres pediu a carteira de habilitação e documentos do veículo, enquanto apareceu do outro lado, dando duas batidinhas na janela. Ela tinha olhos brilhantes e rosto fino, diferente de alguma forma. Não parecia ser nada normal.

por **Chlöe V. Prophath** 18/12/13, 03:41 pm

- Se eu soubesse quais os problema enfrentaríamos, garota, seria um problema a menos. - Ele respondeu, me fazendo ficar quieta e pensativa.
Eu realmente não gostaria de saber quais eram os problemas, então apenas coloquei o sinto de segurança, que por algum motivo eu não tinha colocado antes e me acalmei, colocando minha cabeça apoiada em minha mão no vidro.

O sátiro parecia ser um piloto de fórmula 1 aposentado e sem experiência, pois dava pra ouvir as caixas de papelão batendo uma na outra lá atrás. Me lembrei da espada que ele havia me dado; Ela tinha saído de uma das caixas... Então eu iria perguntar. Se a viatura não estivesse atrás do furgão.
- Ótimo. - Resmunguei. - Por que será que eu não estou surpresa? Corre mais que minha tia...
Mas o sátiro pareceu não escutar. Estava ocupado o suficiente procurando os documentos para entregar para a primeira policial... Agora, onde estava a segunda? "toc toc"
Rolei meus olhos pelo vidro e vi ela parada aí, ela era... Diferente. Seus olhos eram de um dourado assustador... Algo estava errado.
- Oi... Posso, hãn, ajudar? - Mas eu estava falando comigo mesma, pois eu não era capaz de abaixar o vidro. Não iria dar esse mole.

por **Poseidon** 18/12/13, 04:14 pm

A policial que estava ao lado de Chloe simplesmente pareceu não ouvir a fala da garota, porém não fez movimentos muito mais bruscos, até sua parceira falar:

- Senhor, há uma irregularidade aqui - Falou a policial, olhando para dentro do veículo - Vamos ter que revistar a mercadoria... desculpe, tratamento padrão. Favor, desçam do veículo devagar. - As portas se abriram com um solavanco que balançou o furgão. Howard se remexeu na cadeira de motorista, falando entredentes:

- Eita, será que deu problema? - Enfatizando sutilmente a última palavra.

por **Chlöe V. Prophath** 18/12/13, 04:29 pm

A mulher não parecia estar lá para conversa, então eu fui me arrumando na cadeira, com a testa franzida.
A outra policial estava dizendo algo para descermos do carro, então eu olhei para o Howard, tentando saber oque era o certo a se fazer.
- Eita, será que deu problema? - Ele disse, enfatizando a ultima palavra. Eu tinha pego a ideia.

Antes de sair do carro, passei minha mão na espada e escondi o máximo que pude, colocando para trás do meu corpo.
- O que há de errado? - Perguntei, parecendo o mais inofensiva possível, oque eu saberia que era fácil.

por **Poseidon** 18/12/13, 05:11 pm

A policial passou os braços pelo ombro de Chloe, como um atitude protetora, dizendo enquanto avançava em direção a viatura:

- Oh, coitadinha... esse homem é mau, menina. Sua mãe ligou falando de sequestro...
- Mas que calúnia - Reclamou Howard - Dane-se isso também - O sátiro pulou na policial que estava mais próxima, derrubando-a e se atracando com a mesma. Gritou um "Cuidado menina" entre outros berros de esforço e palavrões.

por **Chlöe V. Prophath** 18/12/13, 05:37 pm

A mulher que estava do meu lado do carro abraçou meus ombros, o que me deixou desconfortável.
- Oh, coitadinha... esse homem é mau, menina. Sua mãe ligou falando de sequestro... - A palavra "mãe" me fez olha-la mais de perto. Agora, de fato... Ela não era normal. Suspirei, já entendendo os tipos de perigo que eu teria que lidar. Apertei o punhal da espada em minhas mãos, enquanto Howard dizia algo e pulava em uma. Ok... Eu teria que aprender a usar a espada em menos de um minuto.
- Cuidado menina! - Pude ouvir a voz do sátiro em algum lugar, e tipo tempo o suficiente para ver a mulher sem o capacete policial.
- Oh... Droga. - Sussurrei, enquanto via os cabelos flamejantes da mulher caindo pelos ombros. - Mas que diabos é você?

por **Poseidon** 18/12/13, 07:58 pm

A empousai tenta se virar, como se quisesse impedir que a garota visse a lamentável cena de violência entre uma guarda policial e um homem bode nanico. Com um sorriso, ela respondeu:

- Sou Angela. O que foi? Se acalme... deixe- me ver esse seu brinquedinho aí - Ela apontou para a espada que Chloe tentava disfarçar, sem muito sucesso, já que estavam bastante próximas.

por **Chlöe V. Prophath** 18/12/13, 08:09 pm

Logo a mulher de cabelos vermelhos estava á minha frente, com um sorriso idiota que dizia "olá, não tem nada de errado. Só vou matar você!". Eu a fuzilei com os olhos enquanto ela falava.
- Sou Angela. O que foi? Se acalme... deixe- me ver esse seu brinquedinho aí - Logo quando ela apontou para minha espada eu a coloquei mais para trás e recuei, abrindo um sorriso ironico.
- Ah, Angela-Cabelo-Que-Pega-Fogo. Olá, meu nome é Chlöe, mas você já deve saber disso, hum? - Esperei que ela falasse, mas o sorriso dela desapareceu. - E não, não vou te emprestar meu brinquedinho. - Eu disse, já levantando a espada. - Sabe... Sou muito ciumenta com meus brinquedos. Mas se você quiser, podemos brincar...

por **Poseidon** 19/12/13, 10:08 am

Os olhos da mulher brilharam, num lampejo que parecia ser raiva. Ela parou, tirando os braços dos ombros de Chloe quando a garota levantou a espada, e seu tom de voz soou diferente quando ela falou:

- A semideusa resolver mostrar as garras? Que pena... - Um sorriso lateral apareceu em seu rosto, revelando um dente incisivo londo pontiagudo. Sua aparência começou a mudar, os cabelos de "fogo" revelou-se por completo, em um dos seus braços brotaram pelos semelhantes ao do sátiro e no outro, placas de bronze parecidas com a espada de Chloe. Era uma criatura bastante medonha, mas a semideusa não tinha tempo para pensar nisso - Vamos brincar então - Disse, dando uma risadinha de divertimento.

Um carro se aproximava, abrindo caminho na neve, aparentemente alheio a tensão da situação. A tempestade de neve continuava, jogando flocos de cristal sobre os envolvidos e acumulando ainda mais neve nos acostamentos.

Monstro:

por **Chlöe V. Prophath** 19/12/13, 11:09 am

A mulher logo se transformou em um bicho horrível. Meus olhos perseguiram cada parte do corpo nojento dela, em busca de algum ponto franco. Eu não sabia o que estava fazendo, mas eu simplesmente sabia que aquilo era o certo de se fazer.
- Ok... - Sussurrei baixinho para eu mesma. - Vamos começar.

O primeiro movimento foi simultâneo com o ataque da cabelo-de-fogo. Na mesma hora que ela se aproximou com as garras e dentes á mostra, brandi minha espada e rodei meu corpo, levando a espada comigo e acertando o braço que bronze que ali havia. Olhei assustada para a espada, mas logo suspirei e soltei um riso leve.

por **Poseidon** 19/12/13, 12:34 pm

A empousai não esperava uma reação tao firme por parte da semideusa, mas conseguiu entrepor seu braço de bronze entre a lamina da espada e seu corpo e defender o golpe com perfeição. Depois saltou para trás, com certa graça, considerando seu corpo desigual e metálico:

- Boa menina. Vidas que resistem a morte são mais apetitosas - As mandíbulas do monstro se abriram num angulo entranho por um momento, e a empousai fechou o punho de bronze, jogando um pouco de neve para trás com sua pata de bode enquanto avançava contra Chloe, tentando socá-la.

por **Chlöe V. Prophath** 19/12/13, 12:51 pm

A mulher escapou do meu golpe com facilidade, mas percebi uma reação de surpresa nela. Avancei um passo em direção á ela para que pudesse ver Howard pelas costas da mesma. Não obtive sucesso e voltei a encarar a mulher.
- Boa menina. Vidas que resistem a morte são mais apetitosas. - Ela disse em um som de superioridade. Eu revirei meus olhos e preparei minha espada novamente.
Ela avançou rapidamente, mas consegui desviar e empurra-la com o cotovelo. Logo me afastei e a olhei novamente, preparando outro golpe, e dessa vez, eu iria destruir o braço peludo dela.

por **Poseidon** 19/12/13, 01:57 pm

Chloe conseguiu rechaçar o golpe da empousai com uma cotovelada e tentou se afastar, porém a criatura bateu as suas asas negras, parecidas com as de morcego, e avançou contra a garota, pegando-a de surpresa, antes que ela pudesse reagir com sua espada. Chloe acabou sendo atingida na cabeça pela pata de bote, e quando o seu rosto atingiu a neve gelada ela sentiu uma pontada na região por onde um filete de sangue escapava.

A empousai saiu de cima dela pouco depois do golpe, recuando com um barulho estranho e assustador. A semideus ainda estava em condições de lutar, embora ainda estatelada no chão, próxima a sua espada. Uma voz masculina e conhecida gritou:

- LEVANTA GAROTA - Era o senhor Howard, segurando uma barra de ferro.

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Chloe: 80/100

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