Reencontro familiar.

Reencontro familiar

Então finalmente cheguei ao meu destino. Acampamento Meio-Sangue. Meu novo lar.
Obviamente a primeira coisa que fiz ao chegar foi ir arás da praia. Apesar de ser mais apegada a cavalos que água, esse é o domínio de meu pai, provavelmente o lugar com sua maior presença em todo o lugar.
Não me saia da cabeça o que o velho sátiro disse ao me deixar na colina. Parentes. Eu tenho parentes. Prophath. Esse nome não me é estranho, mas eu não lembro o porquê, como sempre.
Sentei-me na areia e pus a me lembrar do que sabia sobre mim e sobre os acontecimentos do dia.

The perfect Poseidon's Daugther

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Reencontro Familiar

Estava perdida em pensamentos confusos quando senti uma pessoa se aproximar de mim.
Estava ainda com a lembrança dos ciclopes bem viva em minha mente, por isso me assustei. A garota, ao perceber isso, tentou consertar e perguntou de modo calmo se podia sentar-se ao meu lado.
- Err... Claro, sinta-se a vontade. - disse indo mais para o lado e voltando a encarar o mar.

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- Sou sim. E você? Está aqui há muito tempo? - não sei porque, mas ao olhar bem para ela, senti que já a conhecia.
Não ter memórias é um grande problema, ainda mais quando se tem memória fotográfica. Você conhece a pessoa, mas não sabe da onde. Grande ajuda.

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Reencntro familiar.

Hesitei antes de responder a pergunta da garota desconhecidamente conhecida, ainda era estranho assimilar tudo que ocorreu nesse dia.
- Sou filha de Poseidon, pelo que me disseram. - disse olhando o mar e ignorei o tremor da menina ao encarar o mesmo.
Nem sempre queremos expor nossos medos, nossas lembranças.

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Reencontro familiar

Filha de Zeus... Minha prima... Será que é isso que o velhinho quis dizer? Mas... Ela é uma Prophath... Isso é normal por ser filha de um dos três grandes?
- Bom... Disseram-me que me chamo Victória, Victória Black Prophath. - apertei a mão dela sem medo de levar choque.

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A garota estranhou meu sobrenome ser o mesmo do dela e disse que a família veio da Rússia. Estava para dizer que era apenas uma coincidência quando Chlöe entrou numa espécie de flashback. Fiquei em silêncio, esperando ela voltar para a praia.
Estava para sacudir ela delicadamente quando a mesma praticamente grita meu nome.
- Sim? - perguntei meio receosa.

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Encarei ela em choque. Como assim ela tinha um retrato meu na casa dela?
- Você... Você me conhece? Sabe quem eu sou? - perguntei apresadamente, mexendo em meu colar. - Você realmente sabe quem eu sou, Chlöe?

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Okay Victória, se acalme. Assustou sua prima assim. Respira fundo mulher.
- Desculpa Chlöe... É que minha vida está muito confusa esses dias. - confesso voltando a olhar para o mar. - Pensar que alguém, talvez, pudesse me dizer quem sou...
O mar estava calmo até, mas minha cabeça não. Minha mão não parava de mexer em meu precioso colar, algo que meu pai me deu.

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Enquanto ela encarava o céu, território de seu pai, eu encarava o mar. Uma combinação perfeita. Uma filha de Zeus e uma de Poseidon. Unidas por mais do que um laço de parentesco divino? Isso é no mínimo, diferente.
- Pelo menos você tem lembranças para ter esses flashbacks. - disse mexendo na areia ao meu redor. - Tudo que eu tenho é meu colar e cadernos repletos de desenhos e histórias que não fazem sentido para mim.

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Ela pediu para ver meu caderno de desenhos. Sim, era algo pessoal, além de não achar meus rabiscos bons o suficiente. Mas se era para talvez desvendar meu passado...
Levantei e fui até um canto escondido da praia, aonde deixei minha mochila. Voltei com a mesma para perto de Chlöe e entreguei-lhe meu primeiro caderno de desenhos.
-Esse aqui é o primeiro, acredito. A capa é a mais desgastada. - abri no primeiro desenho, o de uma mulher que eu acreditava ser minha mãe. - Não são muito bons, mas são o que posso chamar de meu passado. Minha história.

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Minha mãe... Aquela moça realmente é minha mãe. O que será que aconteceu com ela? Será que ela está a minha procura? Ou será que ela morreu?
Chlöe viu o desenho de um cavalo. Eu sabia que o conhecia. Eu tinha uma estranha ligação com aquele animal e não é só pelo fato de meu pai ter criado esse animal.
- Não, não me lembro de nada anterior aos meus quatorze anos, mais ou menos. - disse com pesar. - E até o guia me encontrar, eu mal sabia meu nome.

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Chlöe devolveu-me meu caderno dizendo que, talvez, sua mãe poderia ter colocado algo em sua bolsa que pudesse me ajudar.
Segurei aquele bloco de desenhos com força próximo ao meu coração. Pelo menos eu agora sabia, mais ou menos, a aparência de minha mãe. Era mais do que descobri nesses anos todos.
- Se tiver algo que me ajude, eu realmente ficarei muito agradecida, Chlöe. - apertei o colar em meus dedos. - O que será que aconteceu com minha mãe?

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Esperança... Era isso que meu corpo todo sentia. Esperança de finalmente descobrir quem sou e o que aconteceu com minha mãe.
Sorri esperançosamente para Chlöe e me levantei, tirando a areia do corpo. Peguei minha bolsa e meu caderno.
- Claro, prima. - sorri para ela. Era bom saber que não estava só no mundo. - Para aonde? Não conheço nada aqui.

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