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Ficha de Reclamação
Eyria Valentine Machiavelli
Dados Gerais

Nome: Eyria Valentine Machiavelli
Apelido: Ey
Idade: 18 anos
Progenitorª Divino: Dionísio
Progenitorª Mortal: Alanis Machiavelli
Cidade Natal: Buenos Aires
Moradia Atual: Acampamento
Raça: Semideus

Eu realmente não me importo. Lide com isso.
Dados Psicológicos



Descrição Física


Eyria é uma garota alta de constituição esguia, porém, curvilínea. Sua pele é extremamente pálida, mas não de um modo doentio, já que contrastando com seus traços marcados, deixa-a com ares elegantes. Tem olhos claros que costuma destacar por usar maquiagem preta em “estilo panda”, fator que a faz parecer mais mal humorada do que realmente é. Seus cabelos são um pouco abaixo dos ombros em uma tonalidade platinada, geralmente, não são cuidadosamente penteados para alinhar os fios, deixando uma aparência mais despojada. Contudo, por vezes opta por utilizar extensões, fator raro. Por trajes costuma variar desde o mais simples utilizando jeans ou shorts com alguma camiseta larga acompanhada por alguma jaqueta de couro até cintas-ligas, fishnet-leggings e vestidos curtos ao melhor estilo sextrash NYC. Tem uma adoração inexplicável por sandálias altíssimas com plataformas, coturnos ou botas (geralmente altas) e tênis simplórios que se possam usar com qualquer coisa. Como detalhes particulares, tem uma pequena tatuagem em forma de estrela sobre uma das costelas do lado esquerdo do corpo e em totalidade, tem dezoito piercings, sendo nove em cada uma das orelhas.

Descrição Psicológica


Psicologicamente, a garota é perfeitamente humana. Instável, sim, mas que não é?
Pode alternar-se de um estado de êxtase absoluto para a raiva ou frieza de modo extremamente rápido, tal e como pode fazer o processo inverso. Em alguns momentos, se nota que é bastante mal humorada, arrogante e rude. Em outros, percebe-se o espírito festivo, a insanidade, a infantilidade interna e a motivação para brincadeiras e piadinhas irritantes. Carrega consigo certa tristeza devido a morte da mãe, porém, supera com facilidade. Não costuma derramar lágrimas de tristeza e sim de puro ódio. Suas relações interpessoais podem ser bastante complicadas, dado que é bastante peculiar na hora de escolher companhias. Tem uma paixão intensa por arte e o que isso envolve, buscando sempre encontrar a pureza absoluta no que observa. Tudo o que observa lhe planta possibilidades e como segue seus instintos, sempre procura explorar todas ou a melhor. Pode ser bastante amigável ou odiosa, fatores variantes como em todos os demais.

História


A garota olha para o relógio novamente. O tempo parecia não passar, fator que lhe provocava extrema agonia, ansiedade e talvez, ao simultâneo não impossível, certo conforto não esperado. Com um suspiro pesado, caminhou até a enorme cama e jogou-se sobre a mesma, olhando o teto por alguns minutos. Entediada, puramente aborrecida e necessitando de um pouco de alegria, permitiu-se envolver pela euforia do passado. Olhava ao redor sem cessar, fixando-se em pontos de fotografias e recortes destas. Observou a parede branca carregada de desenhos de todas as pessoas que haviam passado e marcado sua vida, além de seus próprios trabalhos. Na outra, uma obra imensa ainda por terminar na qual se notavam os traços inconfundíveis de Janis Joplin a por colorir em diversos tons vibrantes, marcando e deixando em claro a preferência pelo estilo de pintura psicodélica. Continuando seu ‘mapeado mental’ do cômodo, desviou seu olhar a correr lentamente por todo o resto, seguindo desde os cd’s e vinis que colecionava espalhados em um canto junto de partituras, letras de músicas e palhetas até os livros e compilados de poemas e outros textos de Edgar Allan Poe misturados com trechos de roteiros de obras teatrais.

Por fim, quando pensava já ter re-observado todas as coisas que lhe faziam bem, viu em um canto as rosas secas que há tanto tempo estavam ali. Aquelas rosas tão velhas, tão antigas e tão memoráveis. Aquelas que haviam chegado a suas mãos depois de sair de Itália, logo que se mudara para uma cidade boemia a seu modo, uma cidade com suas ruelas cheias de discussões com estilo próprio, discussões que não eram travadas a gritos ou golpes físicos, mas sim a música e dança. Com as batidas marcadas pelo acordeom, os passos dos dançarinos se mesclavam em uma dança violenta carregada de movimentos bruscos e insinuantes que expressavam o drama, a paixão, a agressividade, a sexualidade e a tristeza. Sempre esta ultima presente em toda dança, já que essa expressão não poderia faltar. Como bem afirmava Discépolo, “o tango é um pensamento triste que pode ser dançado”. E tinha razão este, pois que, toda uma obra se baseava nisso. Naquela expressão da dor pura, da decepção. E isso tornava o tango magnífico, isso o transformava em uma grandiosa arte. Isso iniciou-lhe a história de vida. E por tal fator, Eyria era grata em certas partes. Em certas.

Confuso? Pois bem, fácil é de compreender. Palavras soltas, idéias sem sentido. Talvez seria melhorar voltar ao tempo, a um passado não tão distante. Tomando como base antes de que a cria viesse ao mundo e outras datas após isso, a credibilidade nesta história será maior. Afinal, quem não gosta de amor loucura e morte?

-- PRIMEIRA PARTE: AMOR

Buenos Aires, 1995.

A violência da dança marcava a expressão dos amantes apaixonados que a ela representavam. Corpos colados em uma batida rítmica e certamente cruel. Não desviavam o olhar um do outro, sempre focando nas janelas da alma. O desafio era presente, a expressão arrogante e ameaçadora. Pareciam sussurrar-se palavras de ódio absoluto enquanto dançavam. Discutiam, mais a bem dizer. Eram apenas esquineiros, boêmios complexos que apresentavam sua arte pelas ruas da clássica Buenos Aires a luz de postes antigos da época da primeira junta de 25 de maio. Eram aqueles que deixavam seus corpos guiarem-se pela batida do acordeão e os sentimentos que os assolavam. Os verdadeiros artistas teatrais da dança, aqueles que sabiam realmente o significado dela e com que dor interpretar. Ao tempo que faziam amor, cometiam assassinato e se detestavam. Pregando paz, utilizavam-se de violência. Controverso e magnífico. Envolvente. As paixões humanas puras. E também divinas. Quase uma obra escrita.

Após a dança, o esperado ocorria. O amor. Aquele sentimento que desgasta, corrói, acaba. Aquela coisa que dilacera de dentro para fora, ou em casos, o inverso. Aquilo que te faz sangrar, sofrer e sentir dor. Aquilo que todos procuram. Aquilo que ele não conseguia encontrar em longo prazo. Até que ele apareceu, com olhos tristonhos porém esperançosos. Com aquela forma de ser cinzenta por vezes e em outras tão alegre. Tão puro. Com aquela voz rouca e penosa, aquela com a qual sussurrava promessas e frases bonitas. A voz que contava mentiras, as melhores já ouvidas. Aquelas mentiras que dão esperanças vãs, aquelas que todos sabem o que são e mesmo assim as adoram. Ao som dessas mentiras e banhados a vinho tinto, ambos os corpos se fundiram a pleno amor e ódio, unindo assim não só o físico e sim o total, a alma, o sentimental. E com isso, após o fervor da paixão, ele desapareceu, abandonando a italiana a mercê de virtú e fortuna. Sem dar pistas ou notícias, sem sequer deixar seu nome. A única lembrança que ficou dele foi a pequena menina que chegara nove meses depois, concebida em uma fria madrugada portenha entre sangue e lágrimas de alegria.

Anos mais tarde

A garota crescera dentro dos padrões, sendo saudável em todas as questões físicas. Tinha seus dotes particulares com a arte, focando-se principalmente no que envolvesse pintura, música e interpretação. Devido a tais fatores, sem dúvida alguma a mãe a introduziu a conhecer tudo sobre seu adorado passado como dançarina, ensinando-lhe tudo o que havia aprendido ao decorrer dos anos, com fim tal de que a filha pudesse sentir-se mais próxima do que havia sido a vida de Alanis no passado. Eyria, tal e como esperado, mostrou-se entusiasta e logo de frente alta, encantada pelo que a mãe sabia e podia ensinar-lhe.

Por outro lado, a vida da pequena resumia-se também a muitas viagens. Principalmente desde Buenos Aires até Veneza, e de Veneza a New York, esta última, residência do tio. Eyria acostumara-se a viajar, a mudar, a estar sempre de um lado para o outro. Era grata por isso, pois, ao manter contato tão frequente com outras culturas, outras formas de vida bastante distintas as que conhecia. Ela encontrava nisso certa paz, inspiração. As viagens em si, lhe proporcionavam obras, criações, novas peças artísticas a criar. Ajudavam-lhe a armazenar esboços, fazer pesquisas e experimentar. E com respeito a esta, não se limitava apenas a arte, mas sim, a tudo o que se pudesse tentar como novo, desde pratos típicos até filosofias gerais. Como sempre, apresentava boa disposição para o que se lhe plantasse por ideia, aceitando na maioria das vezes as propostas de viagem. Contudo, as coisas começaram a complicar-se quando o período escolar tornou-se mais rígido e complicado, dificultando os escapes de rotina gerais e prendendo ambas, mãe e filha, na Argentina. As coisas poderiam ter continuado bem, porém, nem sempre o que se planeja para a vida se segue como está apontado em nossos traçados.

--SEGUNDA PARTE: LOUCURA

Talvez, afinal, as coisas realmente deveriam complicar-se. Para início, Eyria havia sido expulsa do colégio católico no qual estudava. Pelo lado dos dirigentes, a blasfêmia poderia ser considerada grande demais naquela vez. A garota não via nada demais no que havia feito, contudo, a pintura havia sido tomada como algo ofensivo. Ela realmente não se importava, não conseguia. Não queria acreditar naquela básica definição de “Tudo o que você fizer é pecado, seja uma pessoa vazia, viva em estado vegetativo, sofra. Assim, talvez, você consiga encontrar seu paraíso no final de tudo”. Não conseguia. E isso lhe complicava as relações no rígido colégio. Por fim, a garota encontrou o que queria fazer: passar seu tempo no teatro, estudando a arte em geral. Seguiu um curso escolar comum de horários mais práticos e logo dedicava todas as suas tardes (e algumas noites) a juntar-se ao grupo de professores e outros alunos que, como ela, detestavam o padrão de ensino e de vida imposto. O que mais conseguia agradá-la no teatro, era que, todos ali eram diferentes, cada qual com suas peculiaridades. E aquilo significava conforto.

Já olhando por outro lado, enquanto Eyria solidificava seus ideais, Alanis apenas retrocedia em sua psique e tornava-se cada vez mais instável. Já não queria mais dançar, já não observava mais a vida do mesmo modo. Dia após dia, afundava-se em vinho e tristeza, remoia mágoas do passado e não deixava que as feridas que já deveriam ter sumido há tempos, cicatrizassem. A mulher tinha desde sua juventude plena a instabilidade sentimental, fator que a afetara anos depois toda a vez que se lembrava do passado. De seu amor único e verdadeiro. Aquele que a deixara para seguir em frente, o que realmente vagabundeava pelos becos. E tais fatores faziam que olhar para a filha doesse. Muito. Afinal, a garota era uma cópia na personalidade do homem, com todo o espírito festeiro, a despreocupação, a forma de desapego com o que é sempre implantado como certo, a admiração pelo que envolve a arte e a capacidade de manter uma linha de pensamento próprio e carregado do conceito de uma liberdade doentia. Isso enlouquecia Alanis. Conseguia tira-la de seu sério. Irritava-a. E por fim, consumia-a das piores formas que podia. Fazia com que ela perdesse lentamente sua sanidade.

Ao tempo que Alanis cada vez piorava, Eyria apenas seguia seu caminho como uma expressiva artista. Estreara no Teatro Colón, em uma representação de “O Fantasma da Ópera” que rendeu-lhe de muito. Não estivera em papéis principais, contudo, recebeu notório destaque por talento. Após toda a carga de apresentações do dia, vieram as comemorações. Uma magnífica festa regada a risos, danças, insânia e os deliciosos vinhos tintos direto dos trapiches do porto. A garota chegara durante a alta madrugada em casa com o estômago quente, uma estranha sensação de felicidade e, sem sombra de dúvidas, embriagada. Aquela noite lhe rendera uma calorosa discussão com Alanis, que gritava com a garota e rosnava como um animal, esfregando-lhe a imprudência em cara. A outra, nada mais fez do que bater-lhe a porta em cara e deixar em claro que não se arrependia de nada. Que ao final, não se importava. E que Alanis teria de lidar com isso. A discussão não fora algo bom, afinal. Apenas piorara as coisas.

Tempos depois do ocorrido, a mulher fora em busca de psiquiatras e psicólogos por incentivo de Cassian, seu irmão e tio de Eyria. Notava-se que a mesma não estava bem, não estava em um estado normal. Completamente instável, beirando a loucura. Porém, já era tarde.

--TERCEIRA PARTE: MORTE

24 de agosto de 2011

Eles a encontraram no quarto. De seu peito, manava sangue a borbotões que manchava-lhe o longo vestido branco com o qual costumava dançar. O chão era escarlate. E o punhal estava ali, jogado a seu lado. As lágrimas nublavam a vista de Eyria, porém, não se conseguia derramar. O que poderia apenas uma garota fazer? Já nada. Havia sido a escolha de sua mãe. Uma escolha estúpida e irracional, porém, irreversível.

72 horas depois

“De julgar-te, pois já não hei mais. Descanse em paz”. A última bênção fora dirigida a Alanis enquanto seu corpo era colocado palmos e palmos abaixo da terra. Respirando fundo, Eyria dera as costas e seguira. Não olhara para trás. Apenas seguira. Fora a sua casa. De malas feitas, ao aeroporto. E de Buenos Aires a New York. Não olhando para trás, nunca estando perdida. E já na frente da casa do tio, acompanhada pelo mesmo, respirou fundo e se atreveu a olhar em suas costas. Em sua mente, restava apenas a memória da cidade onde crescera. Restara apenas uma vida abandonada. Porém, também restava uma casa que agora era cheia de fantasmas, uma história de amor pouco duradoura e por fim, a solidão. Já nada para ela havia na Argentina. Aquilo nunca iria voltar.

Em New York, os monstros eram constantes, sim. Ela nunca os tinha notado antes, porém, ali era inevitável. Sofrera poucos ataques e se safara por apenas alguns fios de cabelo. Até que foi encontrada pela criatura com os pés de bode. O sátiro. E assim, o acampamento meio sangue fora-lhe apresentado.

Nos dias atuais

Respirando fundo, a garota levantara-se da cama e caminhara até o canto onde estavam as rosas. Dois anos haviam se passado e a memória ainda era vivida, como se tivesse ocorrido há duas horas. Com um suspiro, levantou as flores e pegou a foto de Alanis que sempre estava ali embaixo, abriu um sorriso frágil e volteou a imagem, lendo calmamente as palavras escritas atrás:

“Em um canto escuro resguardava-se, imersa em dor e aflição
A que já remédio não tinha, a buscar algo certo, pois então
Sua alma insalubre, grotesca e desgarrada
Por salvação inerte clamava
Em meio a isso, ilusório o perdão
Ela dobrou seu mais longo e fino papel
E com ele atravessou-se o coração”

Armas Escolhidas


- Lança de Bronze (Item de reclamação)
- Escudo de Bronze (Item de reclamação)
- Saquinho de Ambrosia 100g (Item de reclamação)
Eu, Eyria Valentine Machiavelli, concordo com as regras e politicas de privacidade do The Olympian Code e me comprometo a segui-las.
Thanks Ártemis @The Olympian Code

Mensagem por Eyria V. Machiavelli 19/12/13, 08:25 am

Eyria V. Machiavelli
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Proles de Dionísio
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Aprovada. Parabéns Very Happy

Mensagem por Poseidon 19/12/13, 09:07 am

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