De bobs!

Michelle dormia tranquilamente em sua cama no chalé 7. Ela era a “anãzinha” do chalé, por ser a mais nova de todos da prole de Apolo e o meu xodó. Dei um beijo na testa da garota a qual havia me apegado em tão pouco tempo e sai de meu chalé. Eu ainda trajava meus shorts jeans um tanto desbotas junto a uma regata branca e calçava meus velhos all star pretos.

Dessa vez, ao contrário do que normalmente ocorreria, eu não estava com vontade de me jogar debaixo de minhas cobertas e dormir até Michelle me acordar com seus pulos em minha cama. Na verdade, sentia uma vontade de andar. Havia um certo tempo que não tinha parado para pensar na realidade a qual atualmente pertencia.

Com um suspiro passei a andar, deixando que meus pés me guiassem enquanto comia um caramelo. Não prestava atenção para onde me dirigia, apenas pensava no quão inacreditável havia passado a ser minha vida, quando percebi encontrava-me na praia do acampamento, lugar que visitava pela primeira vez. Sorri e retirei meus sapatos, deixando-os por ali e passei a correr pelo lugar sentindo-me livre. Ao longe observei uma pessoa sentada a beira da praia, diminui o ritmo e aproximei-me cautelosa, com a mão sobre o cabo de minha adaga que estava embainhada em minha cintura.

- Olá?

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Passeio...

Suspirei relaxada e retirei minha mão de minha arma sorri para o rapaz um tanto envergonhada, afinal eu havia surgido quase do nada e minha roupas estavam sujas devido ao trabalho que havia feito mais cedo, sem contar que estava descalça. Analisei-o brevemente, seus cabelos eram de um tom negro que se misturavam com a noite e tive um vislumbre rápido de seus olhos que aparentavam ser claros e a face era bela.

- Normalmente sim, mas... – suspirei. – Eu devo ter comido doces demais. – ri enquanto me apossava de mais um caramelo. – Aceita um doce?

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Passeio...

- Oh, sim. Sou nova. Filha de Apolo e você? Já fostes reclamado? – respondi e sentei-me ao lado dele, abraçando meus joelhos. – Você não se importa, né? – perguntei apenas por educação, afinal eu era folgada por natureza e mesmo que ele se importasse talvez eu não saísse dali.

Observei-o novamente, desta vez mais de perto e perguntei-me qual seria o nome dele. Revirei os olhos diante da minha falta de educação e novamente senti minha face avermelhar. – Esqueci de me apresentar, me chamo Veronika. – exclamei estendendo a mão para ele.

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Passeio...

- Ah, você é a primeira pessoa com quem eu falo sem ser um de meus irmãos... – murmuro um tanto pensativa. – E pode me chamar de Ve ou Nick... Se quiser é claro.

Afastei nossas mãos que ainda estavam unidas. Aparentemente o assunto havia sumido entre nós, fitei os olhos de Robb e percebi que ele também fazia o mesmo. Desviei o olhar constrangida e procurei por um doce em meu bolso, encontrei um pirulito. Tirei-o da embalagem e levei-o a boca. Senti a água fria do mar tocando em meus pés descalços e encolhi-me, a noite eu ficava ainda mais fraca.  – Então, o que veio fazer aqui a esta hora?

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Passeio...

Bocejei e encostei a cabeça no ombro do rapaz. – Você não se importa, né? Eu sou folgada quando estou com sono. – expliquei observando as ondas irem e votarem enquanto terminava com meu doce.  – Bom, aparentemente temos pensado nas mesmas coisas. – suspirei.

Observei o céu estrelado lembrando de todas as encrencar em que havia me metido e ri baixinho. – Você gosta de estar aqui? Digo, você gosta de estar no camp?

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Passeio...

- Hm... Não sabe? – exclamei curiosa olhando-o com o cenho franzido. Levantei a cabeça e levei as costa de minha mão a testa de Robb. – Você está doente? Por que se sim eu posso tentar fazer alguma coisa, afinal eu sou filha do deus da cura. – murmurei checando a temperatura dele.

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Passeio...

Retirei minha mão da testa dele e ri baixinho. Desfiz-me do palitinho de plástico do doce que já havia acabado e procurei por outro em meus bolsos.

- Oras, você é um filho de Atena e disse que não sabia. – comecei receosa, afinal ele devia ter estranhado a minha reação. – É estranho isso. Sabe?

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Passeio...

- Misterioso você... – murmuro pensativa observando-o com curiosidade explícita em meus olhos. – Infelizmente terei de descobrir isso depois, pois agora tenho de ir, Robb. Amanhã estarei de pé quando o sol nascer. – suspiro observando o relógio em meu pulso. Já eram 23 horas.

- Tenha uma boa noite. – Sorrio inclinando-me e beijando a bochecha do rapaz. – E bem-vindo ao acampamento. – sussurrei em seu ouvido antes de me levantar. – Nos vemos por aí, Robb. – acenei antes de partir em direção ao meu chalé.

Spoiler:

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Passeio...