[Missão para Igor Romanov] A Chegada

Após um bom tempo de viagem entre a Sibéria e o Alasca, boa parte dela dormindo, Igor acorda assustado por causa dos efeitos de uma pequena turbulência, a queda de uma caixa de madeira que é severamente danificada.
Ele vê um brilho de alguma coisa metálica dentro da caixa mas não consegue identificar muito bem, enquanto olha para o possível objeto talvez por alguns minutos uma duvida atormenta seu subconsciente, caso ele acabe pegando aquele objeto as pessoas no avião vão saber que tinha alguém ali, mas ao mesmo tempo, ele sente uma imensa curiosidade de saber o que tem naquela caixa.

Ao ouvir os barulhos de alguém vindo, Igor percebe que tem que ser rápido e corre pra ver o que se encontra dentro daquela caixa. Caso de pra pegar sem fazer grande barulho, ele pega e tenta se esconder atrás das caixas pra não ser notado.

Igor procura alguma coisa no chão, de tamanho pequeno e que possa ser arremessado sem muita dificuldade, quanto o achar, começa a se esgueirar em direção a porta de onde os homens vieram, tentando se manter imperceptível o máximo de tempo possível.

Quanto achar que os homens estão prestes a lhe ver, Igor joga na direção contraria aonde ele esta, para chamar a atenção dos homens, sem muita força, só o suficiente pra simular talvez a queda de uma caixa ou objeto no chão. Neste momento ele vai continuar indo em direção a porta e se preparar pra correr rápido no momento que os homens virem ele, segurando com força a sua preciosa caixa, buscando uma saída do avião.

Passo por um momento de perplexidade olhando pra espada do homem e pra espada no chão. E por alguns segundos tento processar aquela cena e dizer algo decente, mas a unica coisa que sai da minha boca é uma frase em russo.
-Por que diabos você esta usando uma espada?
Fico olhando o homem com a boca meio aberta, a testa franzida e me perguntando qual é destas espadas.

Igor balança levemente a cabeça pensando nas palavras do homem "Porque espadas tem classe", achando que a frase fazia bastante sentido. Mas deixando estes pensamentos de lado e se concentrando na pergunta do homem, ele decide responder a verdade, afinal qualquer mentira seria uma versão muito pior do que realmente aconteceu.
Falando russo com certa felicidade por poder conversar com alguém em sua língua materna.

-Eu estava dormindo aqui na minha viagem como clandestino, quanto aconteceu um pequeno tremor no avião e a caixa, que não existe mais - Igor da um suspiro de tristeza - Acabou se soltando e caindo no chão, ela acabou se rachando, se não tivesse destruído ela poderia ver, e eu vi o brilho da espada dentro dela. Obviamente não sabia que era uma espada, mas aquele brilho me chamou a atenção e resolvi pegar a caixa e tentar sair sem ser percebido.

Ele levanta os ombros como senão fazer nada e continua.

-Peguei um pedaço da caixa que tinha se soltado e joguei pra chamar a atenção de vocês pro outro lado, funcionou com ele. - Igor aponta para o outro homem - Mas como diria, sei la quem diria isto, mas você é de um material mais forte que ele. Acho que falei um pouco demais, mas sei la, fiquei um bom tempo quieto aqui e não imaginava encontrar alguém falando russo no Alasca. De qualquer forma acho que não posso ficar mais ferrado do que já estou.

Ele fica quieto pensando na caixa quebrada e olhando pros pedaços de madeira no chão.
"Era uma bela caixa e com uma bela espada dentro."

Igor ignora o outro homem, não é alguém que se assuste com um olhar feio e tem certeza que ele não fará nada enquanto o conde Houff estiver por perto, é obvio quem é o chefe nesta situação.

-Igor. Mas por que péssima ideia vir pro Alaska? Imagino que não estamos a ponto de uma terceira guerra mundial.
Igor tenta segurar o riso que seu próprio comentário lhe provoca, sem muito sucesso.

Igor observa o local, colocando a mão sobre os olhos para tapar a luz do Sol. Vendo a vasta extensão branca neste local no meio do nada ele começa a gargalhar. Após se acalmar um pouco e voltar a respirar normalmente ele fala.

-Eu nunca teria conseguido escapar com a caixa.

Ele olha para as pessoas com armas brancas e sente uma sensação que algo estranho esta acontecendo aqui, mas logo ignora esta sensação e diz.

-Eu realmente não imaginava vir parar aqui no meio do nada, de qualquer forma não tenho nenhum grande objetivo definido, após acontecer algumas coisas com as quais não me sinto a vontade pra dizer, resolvi meio que seguir pelo mundo.

Preciso dizer que é em russo?

-Por que não me conta o que faz antes de eu decidir, afinal colecionar espadas deve ser um negocio menor para você. Ninguém paga tantos homens assim somente só com contrabando de armas brancas, principalmente se for colecionar elas.
Igor aponta com a cabeça as prateleiras cheias de espadas e da um pequeno sorriso.
-Então por que não me diz o que fazem, ou pelo menos o que eu vou fazer nisto tudo. Mesmo gostando do frio não vou aceitar uma proposta de ficar aqui polindo armas ou fazendo trabalho domestico.

Igor ouve o que o homem fala e não entende o que ele quer dizer.
-Semideus? Como assim? Hera? Tipo Perun e estes deuses assim?
Ele não joga a ideia totalmente fora, afinal foi atacado por um cão gigante que virou pó, mas mesmo assim não entendeu o que o homem quis dizer.

Igor pensa nas palavras do homem.
-Não conheço nenhum dos dois não, até onde eu saiba meus parentes foram mortos pelos comunistas. Se sou meio deus, então eu posso explodir as coisas? Tipo Sodoma e tal?
Dando um sorriso meio psicopata enquanto pensa no que pode explodir.

*Igor vê a imagem do Hiperboreo e faz um "uuuuuuuuuuuh".
-Com certeza não são cachorros. Sei não, mas se você diz que semideuses são naturalmente guerreiros, então devo aprender os princípios bem rápidos né. E você disse que espadas tem classe, por que não tentar usar uma?

Igor pega a espada, se afastando um pouco do homem e tentando achar um local com uma chance menor de acertar algo por acidente. Tenta imaginar um alvo a sua frente e faz uma serie de movimentos em circulo com a espada tentando passar a lamina pelo centro do alvo imaginário, mas logo percebe como isto é idiota e fala.
-É meio besta eu ficar aqui acertando o ar.